Representantes do governo e da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) defenderam nesta quarta-feira (10), em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o incremento da competição na oferta de gás de cozinha para reduzir o preço final ao consumidor. A ideia é aumentar o número de empresas que participem tanto do mercado de produção quanto no da distribuição. Mas representantes de empresas distribuidoras e revendedoras afirmam que o problema está na atual política de preços da Petrobras, que levaria a valores superiores às cotações internacionais.
Depois de um período de 13 anos de congelamento no preço de revenda da Petrobras, houve fortes reajustes em 2015 sobre o gás liquefeito de petróleo (GLP) para uso residencial, como é conhecido o gás de cozinha. Em 2017, foi adotada uma nova política de preços com reajustes mensais, o que levou a uma alta acumulada de 67,08% naquele ano. Atualmente, a política adotada é a de reajustes trimestrais.
De acordo com o secretário de Advocacia da Concorrência e Competitividade do Ministério da Economia, César Mattos, a Petrobras responde hoje pela quase totalidade da produção e importação do GLP enquanto cinco empresas detêm mais de 90% do mercado de distribuição. Segundo ele, a distribuição e a revenda têm elevado peso no preço que ao consumidor.